Professora: Adriana Maria Alckmin de Lemos França
Aluna: Lohana Cristina de Oliveira Espíndola, 9ª ano A
Simples e Humilde
Sábado à noite, um calor intenso, quem iria ficar em casa?
De sainha a menininha “desfilava” pelos corredores; quem seria a mais bela? Os meninos balavam!
Na praça de alimentação filas sem fim, meia hora tive que esperar, finalmente chegou a minha vez. Sozinha, sentada em uma mesa, entre as últimas, me levantei para pegar o meu pedido. Com uma fome danada, logo me sentei e comecei a comer. Eram várias coisas que acompanhavam o meu pedido, inclusive um pequeno brinquedinho que para mim não seria útil.
Quieta na mesa, de longe, observava o rebuliço que acontecia no shopping. Tinha de tudo, casal de namorado em crise, pessoas estressadas com a demora e uma pequena criança humilde fazendo o mesmo que eu, observando tudo.
Aquela menina me chamou atenção, o que me fez parar e observar.O que a trazia ali, afinal? O comum de se ver eram crianças brincando no parque de diversão dentro do shopping ou na pracinha frente a ele.
Com um simples vestido de chitão, uma sandalinha já surrada, e com aquela feição de criança simples e humilde, seus olhinhos pequenos enchiam de água ao ver outras crianças felizes brincando com seus brinquedos.
Com seu jeitinho meigo e tímido foi se aconchegando perto de uma família, que tinha uma filhinha. A filha do casal também foi se aproximando da menina e entregou-lhe um de seus brinquedos o que a deixou muito feliz. A brincadeira das duas não durou muito tempo, pois a mãe pegou sua filha e seus brinquedos, inclusive o que estava com a menina e foi embora.
Depois daquela discriminação, vi em seus olhinhos uma lágrima cair, e isto partiu meu coração e me fez ter uma idéia.
De cabeça baixa e encolhida num cantinho da parede, a menina chorava, então levantei e fui dar-lhe o brinquedo que tinha ganhado. Isto a fez parar de chorar e abrir um grande sorriso de felicidade.Foi aí que percebi que um simples brinquedos pode tirar do rosto de uma pobre criança um belo sorriso.